domingo, 3 de maio de 2009

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Olá! Quanto tempo que eu não te escrevo não é? Estou realmente com saudades, mas apesar de já ter começado inúmeras vezes a lhe escrever, não consigo nunca passar de um “alô!”. Nos últimos dias andei percebendo coisas e talvez tenha até entendido algumas delas. Espero te encontrar logo, mas por enquanto queria ir contando as coisas curiosas que desencadearam as minhas recentes idéias confusas.

Esses últimos tempos eu tenho me questionado bastante sobre objetivos. Temos mesmo um objetivo, mesmo que inconsciente, em tudo aquilo que fazemos? Precisamos mesmo desses objetivos pra seguir com nossas vidas? Já me disseram que fazemos tudo buscando algo, que podemos não pensar, mas nossos instintos guiam nossos atos a objetivos premeditados. Não consigo acreditar nisso. Você pode não concordar e até me achar tolo ou demasiado inocente, mas eu prefiro crer que muitas vezes agimos como agimos simplesmente porque decidimos, sem pensar, sem planejar, sem sermos tão maquiavélicos quanto dizem por aí.

Apesar de tudo estar sempre mudando nessa minha vida e de eu sempre me surpreender com os efeitos das mudanças, percebi que não foi assim com algumas finalizações. No último ano muita coisa terminou e nada me abalou, de fato. Provavelmente tenha sido assim porque já sabia quando e de que forma se dariam esses términos. Foi tudo muito tranquilo, tranquilo demais...

Ainda que independentes e ainda que eu não tenha sentido muito o impacto deles, esses rompimentos todos com coisas que faziam parte da minha vida tiveram uma grande consequencia e só agora fui entender porque é que andava tão perdido. Com todos me dizendo que é obrigatório ter um objetivo, sempre almejei chegar em certos pontos determinados em várias coisas. O grande problema surgiu quando cheguei a esses pontos. O que fazer agora que os meus “objetivos” haviam sido alcançados?

Depois de fatos marcantes, algumas pessoas costumam dizer com animação “... e agora que fiz isso posso me dizer uma pessoa realizada!” (vai me dizer que você nunca viu ninguém dizer isso). Alguns desses objetivos pessoais são muito grandes e estão nos planos das pessoas em longuíssimo prazo. Será que eles passam anos, quem sabe até uma vida toda, não realizados? Será que a vida de alguns é uma total insatisfação? Isso chega a me soar engraçado!

Não vou te falar de novo sobre meu “conceito” de felicidade, é algo muito complexo pra ficar explicando, menos ainda quero iniciar uma discussão religiosa sobre a finalidade da vida, só o que eu estou tentando te dizer é que pra mim não tem cabimento viver pra um fato, viver pra um objetivo, viver pra um único instante em meio a tantos e tantos momentos magníficos.

Comecei a sentir saudades de tudo o que findou no último ano e essa saudade me serviu para lembrar uma coisa: que apesar de ter admirado o fim, não foi exatamente dele que gostei, mas de tudo o que aconteceu até chegar ali. Isso sim, me faz bem mais sentido. Tenho ainda muitos outros pensamentos e coisas que tenho sentido pra contar, mas já escrevi bastante, fica pra uma outra vez! Espero notícias suas!

Até logo!

Max, só Max

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Someone disse...

Querido Max, estava mesmo com saudade! E quanto a essa questão de objetivos, me lembrou aquela história de Pandora, que vimos no Anglo, em que sempre buscamos algo para ir atrás. E é por isso que temos a esperança. E eu acho que esperança tem muito de religião, de projeção, enfim, de muita coisa envolvida que muitas vezes não dá pra explicar mesmo.
Bom, também espero te encontrar logo e assim poderemos discutir isso, o que acha? Um beijo, não suma mais! Aninha