terça-feira, 26 de junho de 2012

De algum lugar na minha mente

Quando acordarem, perceberão que a verdadeira glória nunca esteve na acumulação ou na idolatria e se darão conta que estiveram, por muito o tempo, somente vagando, encurvados pelo peso da própria cegueira. Cairão por terra suas máscaras e sentirão asco de seus próprios rostos, abomináveis que estão depois que suas ações os deformaram.

Folheando diários e grimórios antigos não encontrarão em seus dias mais valor que nas areias que recobriram a Verdade com um deserto estéril. O vasto conhecimento de suas bibliotecas, inútil, terá sido consumido pelas traças de sua superficialidade. Como pó, ruirão as colunas de seus palácios, que foram construídos sobre alicerces de mentiras.

Chegará a devastação de um inverno solitariamente frio e, em vão, farão fogueiras de paixões para tentar aquecer seus corações feito pedras ocas. E não haverá mais amanhecer, pois as horas já não importarão já que nunca souberam o valor do Tempo.

Quiçá virá um tempo em que perceberão o que perderam pelo caminho, mas apenas os de espíritos ousados terão coragem de olhar para trás e atravessar o mar de lágrimas que os separa da esperança. A solidão lhes fará companhia pela jornada e muitos desistirão. A sede de Liberdade e a fome de Felicidade matarão os tomados pelos vícios e darão àqueles mais fortes a dor necessária para prosseguir.

Se a tudo isso resistirem, depois da treva mais escura de todas, terão sido provados e verão com os olhos de verdade a plenitude da Luz da Realização e ela lhes recompensará com a única paga realmente valorosa: Verdadeiro Amor.