sábado, 15 de setembro de 2012

Sinceridade


Para mim a maior dificuldade na dança é seguir o ritmo da música. Algumas vezes parece que os passos e a força da melodia pedem que a gente acelere, mas na verdade os compassos seguem sem alteração. Outras tantas vezes os pés pedem leveza e calma enquanto a música corre rápido como o pensamento. É tudo questão de saber ouvir, mas tem vezes que o que a gente menos quer é ouvir a música a nossa volta...
Nos últimos dias, aprendi muitas coisas que podem ser vistas como duras ou cruéis, mas eu as vejo como fatos. Percebi as mentiras inocentes que as pessoas contam nas palavras de conforto. Às vezes a gente precisa de cuidado, mas acho que o mundo seria bem melhor se, na maior parte do tempo, o cuidado fosse para com a sinceridade. Pra quem passou muito tempo vivendo de carinho, é sofrível ouvir que os corações fortes não vencem as guerras, que são as armas que vencem as guerras. É difícil ouvir que os corações fortes podem resistir, suportar, mas não podem ferir ou subjugar, as espadas são pra isso.
É bom aceitar que a nossa vontade só se satisfaz no fio da espada, enfrentando o mundo todo se necessário for. A única guerra nobre e legítima é a do homem contra seus próprios demônios e, por que não, contra seus próprios deuses. No fim, deuses e demônios são só forças dinâmicas equilibrando o caos.
Via a desordem e não compreendia de onde podia nascer beleza no caos. Ontem vi um pequeno anjo cantar e aquilo me emocionou de tal forma que a vida pareceu fazer mais sentido. Os frutos só nascem da luta, da semente do caos é que vem as coisas mais belas. Seguir o ritmo, dar ouvidos a música a nossa volta e nada mais. Leveza na calma, força na ansiedade. Fico feliz por ter aprendido que dor e sofrimento são coisas da vida, são males necessários e que “todas as tristezas são nada mais que sombras; elas passam e pronto; mas existe aquilo que permanece”. Hoje eu sei que não há paz senão a quem conquista e não há amor senão a quem merece.
Até breve,
Maximiliam

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