domingo, 9 de setembro de 2012

Inversamente proporcional

Vontade de despejar todos os meus pensamentos de uma vez como a torrente forte do rio que corre livre e impetuoso. Queria um dia entender por que tudo tem que ser assim tão assado, por que é que as pessoas dizem que vivem assim assado e na verdade agem assim assim, queria entender o turbilhão de dúvidas que há em mim pras quais eu soube e sempre saberei que não há resposta.
A gente quer muita coisa. Hoje seria um bom dia pra escalar aquela parede, pra sentir o calor e o vento batendo no rosto. Também gostaria de morar na praia, se morasse na praia, sem dúvida que agora estaria olhando pro mar e perguntando por quê. Podia dar um jeito de ir dançar e dançar até os pés doerem de felicidade. Por sinal, hoje, faz exatamente um ano que eu comecei a dançar. Acho que foi uma das coisas mais legais que comecei a fazer na vida. Um acerto em meio a tantos erros. Um acerto que faz um ano e um ano que passou rápido. No fim, não sei dizer de fato se a passagem do tempo mudou alguma coisa concreta. Continuo querendo muita coisa.
Fazendo um balanço, de modo geral posso concluir que emburreci um pouco. Acredito que sei menos coisas do que sabia um ano atrás e sei mais coisas nas quais não acredito do que acreditava um ano atrás. Minha paciência diminuiu, talvez porque eu tenha percebido que esperar não é só um ato de força, mas uma profissão de fé. E descrente que estou em tanta coisa, fica difícil ter fé naquilo que se espera.
É... Hoje nada faz sentido... Nada. Parece que está tudo tão do avesso quando eu olho e ao mesmo tempo tudo tão normal quando lembro de como sempre foi... Tanto é verdade que, mesmo com tantos pensamentos na cabeça, esse é um dos menores textos que eu já escrevi.

Max

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