sábado, 16 de outubro de 2010

Satisfação

Na última semana tenho vivenciado situações extremamente agradáveis e prazerosas. Foi necessário muito tempo para ousar dessa forma, para fazer, responsavelmente, tudo aquilo que, estando ao meu alcance, eu tivesse vontade de fazer. Um jantar para reencontrar uma grande amiga que há muito não via e no outro, um passeio animado com antigas colegas de república. Pude almoçar agradável e descompromissadamente na companhia de alguém amado e notar a felicidade de alguém realizado. Tive tempo para estudar com tranquilidade e atenção e depois, ainda tomar chuva propositadamente. Me lancei à dança, ao som de boas batidas e bebi tequila. Hoje acordei cedo, mas sem pressa, tomei um banho revigorante e logo mais fui a um restaurante, sozinho que estava, e ali saboreei um maravilhoso almoço.

Foi hoje, mais ou menos a uma da tarde, enquanto almoçava. Estava sendo muito bem atendido, todos os funcionários, na recepção, os garçons, o gerente, enfim, todos sempre tranquilos e sorridentes. Em meio a essa agradável cena, enquanto levava à boca um pedaço deliciosamente suculento de filé ao molho madeira, meu olhar se encontrou com o de uma moça, a encarregada da limpeza. Seus olhos eram penetrantes e enigmáticos, mas eles sorriam. Eu sorri para ela, ela sorriu de volta e acenou com a cabeça: um sinal de cumplicidade e gentileza daqueles que compartilham da felicidade. Foi naquele instante que percebi a beleza sutil da satisfação.

É muito bom sentir-se assim, tendo da vida aquilo que se deseja. Por mais simples e incompleta que possa parecer aos outros, possuo na vida aquilo que poderia desejar. Claro, não estou desconsiderando todos os meus argumentos contra o conformismo, pois ainda acredito que não devemos nunca nos dar por satisfeitos e sempre buscar aprimoramento em relação àquilo que nossos esforços nos rendem. Não obstante, estou falando daquilo que possuímos (obviamente não apenas no plano material) e, muito embora esteja aquém de nossas aspirações, pode nos fazer felizes.

Agredeço, uma vez mais a vocês, que me mostraram todas essas coisas, esses lugares, sabores, sons e até mesmo esses sentimentos, todos novos e apaixonantes. Sou imensamente grato por todas essas coisas e essa gratidão inunda meu ser ultrapassando os limites da humanidade e alcançando a existência da própria consciência superior que tudo governa sabiamente. Que possam, todos vocês, sentirem-se como me sinto nesse momento: realizado.

Um grande abraço,

Max

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