domingo, 20 de julho de 2008

Gire a Roda da Fortuna!

Que saudade! As férias vieram, mas ainda não consegui ver nem metade das pessoas que eu queria! Vamos fazer o máximo pra ainda nos encontrarmos e fazermos alguma coisa pra descontrair antes da volta às aulas! Como você está? Espero que esteja tudo certo, faz tempo que não conversamos direito...

Sabe, esses últimos dias foram bem interessantes, tive algumas boas coisas pra resolver e outras tantas surgiram sob as quais eu não tinha domínio. Acabei tendo reunião, saindo, visitando tias, assistindo filme e arrumando as coisas pra futura mudança. Pensei muito também, influenciado por tudo o que tem acontecido, comigo e no meu velho mundinho novo em volta.

Sem querer assisti filmes sobre soberanos esse fim de semana. Pode parecer até meio infantil pra você, mas eu revi “O Rei Leão”. Olha, se você não vê desde a infância, um conselho: veja de novo! É muito bom e tem umas boas sacadas filosóficas. Acabei reparando que o Simba é um Triunfante, ele faz todo o percurso até isso! Também assisti “Batman Begins” e vi a luta do Bruce Wayne para compreender qual o seu papel ante a justiça, a sociedade e principalmente o influente império legado por sua família. Finalmente, contemplei uma rainha histórica: “Elizabeth” foi o filme de hoje.

Percebi que podemos fazer da nossa história uma história também de um soberano. Não estou te dizendo que todos seremos governantes de países ou donos de impérios econômicos, mas que podemos, no nosso dia a dia, ser grandes senhores de nossas vidas e de nosso destino. Isso é muito difícil, eu sei. Eu conheço o suficiente da sua história pra saber por quantos desafios você teve de passar antes de estar onde está e também sei que a sua vida não é moleza, mas acredite, é tudo parte de um “ciclo sem fim”, é a roda da Fortuna girando e hora nos colocando por baixo, hora nos levando ao topo.

Veja só os exemplos dos nossos personagens: Simba é consagrado pela velha Tradição ao seu destino de vitória logo que nasce, depois ele passa a aprender com os “mestres”, daí, tentado pelo poder, ele desobedece aos conselhos que lhe foram dados, e por isso cai em desgraça; por algum tempo, foge do problema que ele mesmo criou e esconde-se sob um manto de mediocridade. Só o despertar de antigos sentimentos lhe faz questionar sua situação e, reconhecendo humildemente seu erro, (numa das partes, a meu ver, mais emocionantes do filme) pede orientação à Sabedoria ancestral da qual recebe a simples resposta “Lembre-se de quem você é”. Só assim ele toma coragem para encarar seus medos, seus erros e finalmente assumir o reino que lhe era de direito.

Não sei se você assistiu Batman, então vou me ater a só comentar que essa também é uma grande questão pra ele “Quem sou eu e quais as minhas responsabilidades nessa vida?”. A rainha Elizabeth I assume o poder sendo odiada por praticamente toda a Inglaterra e passa um bom tempo vivendo impasses entre o dever, o coração e a sua própria consciência.

Concluí que não é nada fácil sermos senhores de nós. Durante o percurso vamos errar e vamos cair por nossos erros, vamos ser derrubados pelos erros (e mesmo acertos) dos outros, mas o que temos que ter sempre em mente, acima do que qualquer um a nossa volta pode dizer ou pensar, é quem somos nós em nossa essência. Ta certo que nunca nos conhecemos o suficiente pra afirmar um categórico “eu sou assim”, mas o questionamento, o desejo de encontrar nossa essência, de sentir nosso centro, isso tudo nos conduz a um controle da Roda da Fortuna: não somos capazes, muitas vezes, de evitar infortúnios, mas podemos girar a roda muito mais rápido nessas situações chegando facilmente ao topo e depois, nesse estado, podemos permanecer por muito tempo, diminuindo de novo a velocidade.

Eu estou sempre aqui viu? Não esqueça da pessoa maravilhosa que você é! Se esquecer, de onde eu estiver, vou tentar te lembrar! Seja Triunfante, vamos ser coroados reis de nós mesmos como todos nascemos pra ser! Não deixa de me responder! A gente se vê!

Beijos e abraços!

Max”

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