quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Jogada silenciosa

Quando somos crianças, aprendemos a jogar o jogo dos outros, dos adultos, um jogo que não nos pertence. Então crescemos e decidimos jogar segundo nossas próprias regras, estabelecendo nossos próprios valores e ditando quem ganha e quem perde. Pode não ser o método mais justo, mas é como funciona a vida. Estabelecer o limite entre o certo e o errado é algo complexo demais para qualquer pessoa, posso ser o vencedor para mim mesmo e ao mesmo tempo não conseguir sequer o menor prêmio segundo você. Tudo é questão de regras.

Nesse grande entrelaço de jogos inúmeros podemos confundir as nossas regras com as dos outros e pensar que o melhor pra nós mesmos é aquilo que gostariam outros que fosse. Estive triste me questionando sobre meus erros, mas alguém me disse que se eu tivesse errado, então não estaria aqui, no jogo. Quando se joga com liberdade, respeitando os limites dos outros, suas regras são soberanas e não há escolha em que se possa errar.

Muito estão estranhando o silêncio e admito que ele em parte seja fruto de tristezas e momentos difíceis que tenho passado, mas os mais inconformados estavam desacostumados comigo porque me viram jogando as suas e não as minhas próprias jogadas. Aprendi a duras penas que nem sempre aquilo que queremos ver é aquilo que podem nos oferecer e essa é uma importante lição que gostaria de ensinar hoje. Você não se lembra que sempre preferi o olhar silencioso em detrimento das palavras apressadas?

As regras que estou adotando são novas, nem eu mesmo as conheço. Isso é bom porque evita que eu seja tão enfadonho quanto as pessoas que não podem surpreender ninguém com seus atos, sejam bravos ou covardes. No entanto, o silêncio que eu deixei de usar por algum tempo não deixou de fazer parte desses novos movimentos e minhas peças me parecem mais vantajosas assim.

Não se exige do falcão de olhar profundo uma atitude precipitada, pois ela está contra sua natureza. É triste pensar que podemos magoar quando não compreendem nossos atos e nossas palavras. Todavia se deixarmos de executá-los não estaremos traindo nossa própria consciência? O jogo da vida não é passivo de ser perdido, as jogas visam apenas avançar, ninguém retrocede, por mais que sejamos tentados a acreditar nisso.

Meus amados jogadores, não somos oponentes, estamos apenas em lados opostos do tabuleiro. Até breve, seu eterno amigo,

simplesmente Max

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Someone disse...

Meu querido amigo Max,
Que tal jogarmos uma jogada que há quatro anos não jogamos?
Como é melhor contactar você? Email, orkut, blog ou telefone? =]
Qualquer coisa, me mande um email, scrap, recado ou telefonema, estarei esperando... =]
Beijocas,
Aninha

Someone disse...

Max, aqui vai a música que te falei ontem!!! Beijocas!
http://paradoxodeumavida.blogspot.com/2009/08/da-serie-historias-pra-se-contar-vi.html